O importante é competir?


É impressionante o número de “atletas” que se inscrevem nas competições nacionais e internacionais de corrida de rua, todos os anos. Você liga a TV e estão lá: homens e mulheres, dos mais novos aos anciãos; profissionais e amadores. Cá entre nós, a grande maioria já sabe que não chegará se quer, entre os cem mais bem colocados da prova (lembrando: só os que ultrapassam a linha de chegada em 1°, 2° e 3° lugares, são premiados). Mas as pessoas participam. Por quê? Porque apesar de saberem que não têm preparo suficiente para chegarem nas primeiras colocações, têm o prazer de simplesmente, competir. Afinal, correr faz bem, queima calorias, deixa o corpo mais leve, alonga os músculos do corpo etc.

A mesma coisa acontece no futebol. Há jogos em que um time entra em campo sabendo que não tem a menor chance de vencer o adversário! É por isso que antes da partida eles comentam: “há! o time deles tem muita qualidade, mas ainda temos chances”. Que mensagem “animadora!” Porém, devemos concordar com um fato: em muitas circunstâncias competir, embora sem vitória, não deixa de ser prazeroso. Contudo, o mesmo não pode dizer uma pessoa que estudou durante a maior parte da vida, gastou com cursinhos, fez a prova do vestibular/ ENEM e não conseguiu a tão sonhada vaga na faculdade.

A escritora Paula Falcão escreveu em seu artigo intitulado “cooperação e excelência no trabalho”, as seguintes palavras: “Para mim, não existe ditado mais hipócrita do que “o importante é competir”. Pregamos este ditado mas em geral valorizamos o vencedor, não quem competiu”.[1] Sem dúvida, esse ditado é aprendido desde cedo por nós, ainda quando crianças. Mas, na vida cristã ele é válido? Entramos na luta espiritual somente para competir? O apóstolo Paulo nos responde essa pergunta com as seguintes palavras: … uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus (Fp 3:14,15-grifo nosso).

Paulo não entrou nesta ferrenha batalha para perder. Ele sabia que vida cristã sem propósitos definidos é perda de tempo. Veja que no texto acima Paulo nos ensina algumas lições. Em primeiro lugar, na vida cristã não devemos nos prender ao passado. Ele diz: … esquecendo-me das coisas que para trás ficam… (v.14). Quem se deleita nas lembranças dos tempos de velha criatura, nunca conseguirá servir a Deus de maneira sadia. Não se imagine fazendo parte do mundo, nem dos pecados antes cometidos. Cuidado para não se distrair com o passado e esquecer de olhar para o presente e o futuro. Lembre-se do alvo da sua fé, Cristo!

Em segundo lugar, na vida cristã devemos ser determinados. O apóstolo continua: …prossigo para o alvo… (v.14). “Esse verbo usado aqui e no versículo 12 tem o sentido de esforço intenso. Os gregos costumavam usar esse termo para descrever um caçador perseguindo avidamente a sua presa”.[2] É isso mesmo, a vida cristã não é um “mar de rosas”, mas de luta. Seja um cristão determinado e prossiga para o alvo! Esteja certo: Você não entrou nesse combate para ficar no meio do caminho. Não é o desejo de Deus que você fracasse ou desista. Você pode vencer as lembranças amargas do passado, as tentações do presente e as provações do futuro, pois aquele que está conosco é maior do que o que está no mundo (I Jo 4:4)!

Fonte: http://www.fumap.com.br/

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